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REDE PONTOCOM DE RÁDIO

7 de março de 2011

TURMALINA – CARNAVAL RESSURGE NA CIDADE.

Na década de 50, quando eu era apenas um garoto eu me lembro de um carnaval que acontecia em um terreno onde hoje está construída a SAT”, revela o empresário Sebastião Magno (Guinú) em uma conversa informal sobre o assunto. Como se sabe, a tradição carnavalesca em Turmalina não nasceu agora e o que está sendo proposto nesse momento é apenas um resgate dessa tradição que encantou gerações na cidade. 



Mas... Foi na década de 70 que um grupo de Turmalinenses descobriu um jeito diferente de fazer carnaval. Foi criada uma bateria de escola de samba para tocar em um palco improvisado, montado na carroceria de um caminhão. A mensagem foi muito bem compreendida nos anos seguintes, quando a bateria recebeu a adesão de vários blocos e logo a cidade se consolidou como uma das principais referencias carnavalescas da região.

Infelizmente a festa que atravessava décadas não recebeu a atenção que merecia. Os ribeirões que praticamente banham a cidade, e que poderiam dar suporte à festa secaram (leia-se Ribeirão Santo Antônio). O carnaval Turmalinense foi sufocado pelo carnaval de Minas Novas, que ao contrario do nosso recebeu vários investimentos.

Para a sorte da cultura local, há mais ou menos 02 anos atrás, foi criada a AMASTUR, uma iniciativa popular que está sendo abraçada pelo poder público e pelas pessoas que desejam ver o carnaval renascer em Turmalina. Se vai dar certo? Claro que sim. Todo projeto que nasce de idéia que vem do povo com certeza se consolida. È o que revela Nicolai Maquiavel em O Príncipe (livro que passou a ver a política como ciência e criou um conjunto de regras que devem ser usadas para quem quer se manter no poder).

Agora, para que o projeto da AMASTUR se consolide também é necessária a colaboração e a iniciativa de muita gente...

Como? Plantando essa semente nas escolas. A Escola Municipal São João Batista se candidata a embrião do projeto. A idéia é criar oficinas de percussão e bateria nas escolas, para que exista um envolvimento maior dos alunos no carnaval. O próximo passo seria a criação de uma agremiação, como por exemplo, “Unidos do São João Batista”, já que a escola do bairro se ofereceu como cobaia nessa experiência. “Possuímos uma quadra que pode ser usada para a aplicação da oficina e consequentemente para o ensaio da escola”, relata Everaldo Fernandes Lopes, coordenador da EMSJB.

Se o embrião germinar ele pode em seguida ser implantado em outras escolas, como a “Badaró Junior” e “Edite Gomes” (as duas possuem alunos na mesma faixa etária da escola do bairro São João Batista). Com as agremiações formadas só restaria às escolas colocar o bloco na avenida.

Tudo bem que a Avenida Lauro Machado não se transformaria na Marques de Sapucaí do dia para noite ou de um ano para o outro, mas ela possui todos os atributos para se realizar um desfile de escolas de samba: local para montar arquibancadas, barracas, placas de patrocinadores e área para as escolas se concentrarem antes de entrar na avenida.

Vai faltar apenas o trio elétrico, tendo em vista que a cidade possui ruas largas, intercaladas por praças que podem servir de parada para um trio de qualquer tamanho (e sem ter que desligar o som para manobrar a carreta)... Só que isso é assunto para uma outra matéria! 

FOTO: Arquivos internet.