A cada
dia, quando a tarde começa a chegar ao fim, a população de Turmalina já não tem
certeza se seu fornecimento de energia continuará estável. Há mais de trinta
dias se tornaram freqüentes as oscilações diárias no fornecimento de energia
elétrica da cidade. “É sempre entre as 17h e 20h. A luz cai por
uns cinco ou dez minutos. Todo dia”, afirma a empresária local Maria
Valderez Lino.
A indústria
local também sofre. “Não dá para parar a linha de produção a cada
pique de energia. São 180 pessoas trabalhando. Por causa disso, fomos obrigados
a fazer investimento em geradores de energia independentes”, afirma o
empresário, Alimar Alves Cordeiro, proprietário de uma indústria de cerâmica
tradicional na cidade. Ele possui duas fábricas e disse que, nos últimos dois
meses, já chegou a faltar energia por mais de uma hora seguida na cidade.
A Cidade
FM é um termômetro das reclamações. “Eu recebo ligações diárias de ouvintes
contando que perderam eletrodomésticos como TV e geladeiras. Quando a luz
volta, os equipamentos já estão danificados”, relata o radialista Tom
Lopes. De acordo com Tom, a Cemig não dá explicações claras à população sobre a
causa do problema.
No inicio
da semana foi encaminhado à Cemig uma nota de esclarecimento sobre o problema
ocorrido na cidade. Conforme a companhia, ela já investigava, através da coleta
de registros de interrupções da empresa, as quedas de energia momentâneas. "Após
a análise dos dados e inspeções no sistema elétrico da região, equipes da
empresa foram mobilizadas para a substituição de equipamentos, o que será
realizado ao longo desta semana", informou o texto. Pelo visto a
CEMIG cumpriu o que foi dito na nota. Até o momento em que essa publicação
estava sendo feita aqui no blog (sábado 20h20min) nenhum pique de energia havia
ocorrido.
Ainda de
acordo com a nota, assim que for concluída essa ação, a Cemig seguirá com
o monitoramento do desempenho do sistema elétrico, com o objetivo de assegurar
o retorno à normalidade no fornecimento da energia elétrica do município.
FONTE: O Tempo, por Ênio Rodrigues