A semana não será de boas notícias para os mineiros, que
podem preparar o bolso. Até sexta-feira (10), os consumidores ganharão dois
aumentos. O reajuste anual da conta de luz deve ser divulgado amanhã, pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). E, segundo analistas do setor
energético, ficará entre 10% e 15%. E não é só isso, pois 41% já estão sendo
cobrados a mais devido à bandeira vermelha (12,5%) e ao reajuste extraordinário
de 28,8% que a Cemig pediu em fevereiro. No dia 10 de abril tem mais. Será a
vez de conhecer o aumento da conta de água.
E pode não parar por aí, pois, junto com o aumento, que
passa a valer em maio, a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de
Água e Esgotamento Sanitário (Arsae-MG) pode anunciar a sobretaxa a ser cobrada
de quem não cumprir as metas de economia de água. Essa taxa ainda está sendo
analisada e deve ser anunciada a qualquer momento pelo governo de Minas. Cemig
e Aneel não revelaram qual foi o pedido de reajuste, mas caso os analistas
estejam certos, a soma de todas as altas vai ultrapassar os 50% neste ano.
No
caso da água também não se sabe o quanto a tarifa da Copasa vai subir. Mas,
conforme explicou o diretor geral da Arsae, Antonio Caram Filho, a inflação é
considerada no cálculo e, só para repor essas perdas, os mineiros gastarão 8% a
mais. Esse foi o índice acumulado nos últimos 12 meses, segundo o IBGE. Além
disso, o cálculo contempla os impactos do aumento da energia elétrica nos
gastos da Copasa e outros custos da companhia. Embora nem o reajuste da Cemig
nem o da Copasa sejam conhecidos, é certo que serão bem maiores do que os
aplicados no ano passado. Em abril de 2014, o aumento médio foi de 14,76% para
luz e de 6,18% para água.
Racionamento
Outra
notícia que ronda os mineiros é a do racionamento de água, que pode ser
anunciado a qualquer momento, caso a economia de água pela população mineira
não esteja sendo suficiente. A meta do governo é reduzir o consumo em cerca de
30% no Estado.
No
caso da luz, o diretor da Thymos Energia, Ricardo Savoia, afirma que o aumento
não descarta o racionamento, já que é necessário diminuir o consumo de 10% a
20% no período seco para garantir que os reservatórios cheguem com níveis
satisfatórios ao próximo período chuvoso.
Risco real
Se
os consumidores da região metropolitana de Belo Horizonte não cumprirem a
economia de 30%, a Copasa vai implantar o racionamento. Até fevereiro, a economia
foi de apenas 10%.
Fonte: O Tempo