O hábito de usar o branco como “a cor da saúde” surgiu na
Grécia Antiga. Os sacerdotes do templo de Asclépio (deus grego da Medicina) já
se vestiam com roupas dessa cor para tratar as pessoas e também porque o branco
simboliza “pureza espiritual”.
Na manhã desta quarta-feira (02) a maioria dos hospitais
do estado de Minas Gerais, incluindo o Hospital São Vicente de Turmalina
amanheceu de luto. Como forma de protesto, contra os cortes promovidos pelo
Governo Federal no orçamento da saúde, os funcionários da instituição foram
trabalhar com roupas pretas.
O manifesto, que teve o seu momento principal as 10h00min
(com um encontro na portaria do prédio), atraiu a atenção dos pacientes que
aguardavam por atendimento. “Somos solidários
ao Hospital de Turmalina e estamos torcendo para que o Governo Federal olhe pelos funcionários e por nós que somos usuários do sistema de saúde”, diz uma paciente que não quis se revelar.
O protesto contou com a participação do Secretário
Municipal de Saúde Marco Túlio e do vice prefeito Geraldinho. “”Esse é um momento de repúdio apenas ao Ministério
da Saúde. Gostaria de destacar a participação dos representantes da Prefeitura
Municipal de Turmalina que também apóiam a decisão do hospital em aderir a esse
movimento. Estamos satisfeitos com a atenção que a administração vem dando ao
hospital”, disse o Presidente da Conferencia São Vicente de Paulo, Anderson
Cordeiro dos Santos, entidade mantenedora do hospital.
Outro problema que motivou a manifestação foi um corte de
50% nos repasses do Ministério da Saúde, referente ao mês de Novembro. “O Governo Federal acabou de anunciar
através de nota que os repasses aos hospitais filantrópicos, como é o caso do
Hospital São Vicente, que serão pagos no mês de Dezembro serão referentes apenas
a 50% dos serviços realizados pelo hospital no mês de novembro”, explica
Anderson C. dos Santos. “Isso apenas
coloca os hospitais em dificuldade, pois não se trata a saúde das pessoas apenas pela metade. Esse é um movimento pacifico que está sendo realizado em toda
Minas Gerais pelos hospitais ligados a FEDERASANTAS, mostrando a nossa indignação
com essas atitudes tomadas pelo Governo Federal”, completa o presidente.
Se o Governo Dilma não voltar atrás na decisão de cortar
09 bilhões de reais do orçamento da saúde em 2016 e de reduzir os repasses do
mês de novembro em 50%, esse último mês do ano de 2015 ficará conhecido pelos
funcionários dos hospitais filantrópicos que aderiram à manifestação, como
Dezembro Negro (em alusão ao Outubro Rosa
e ao Novembro Azul).