No final do mês de Agosto eu tive a oportunidade de
entrevistar o Chefe de Gabinete da FIEMG, Antônio Marum. A conversa com o
representante da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais foi após um
encontro com empresários de Turmalina e Capelinha no Restaurante O Favorito.
“Houve uma mudança de mentalidade dos
empresários ligados a federação, no que se refere à política. Pela primeira vez
na história das eleições, a classe empresarial vai se envolver na política
partidária”, explica Marum durante o evento realizado em 22 de agosto,
as margens da BR 367 no O Favorito. “Filiem-se a partidos políticos. A
recomendação é do próprio Olavo Machado, presidente da FIEMG. Não importa a
legenda que você vai se filiar. É preciso que os empresários descubram quais candidatos
vão defender os interesses da indústria e do comércio no parlamento e os apóiem
nestas eleições”, revela o Chefe de Gabinete da FIEMG.
As palavras de Antônio Marum ganharam apoio dos
empresários e industriais presentes ao evento, e também dos próprios políticos.
A decisão das federações de industrias de vários estados brasileiros é uma
resposta á prática que vem sendo adotada pelas entidades que representam a
classe trabalhadora há muito tempo no Brasil. Afinal, é grande o número de
deputados que hoje representam os interesses dos trabalhadores não só nas assembléias
estaduais, como também no Congresso Nacional. Enquanto que a classe empresarial
é pouco representada.
A principal necessidade dos empresários brasileiros é a
redução de impostos e de encargos trabalhistas. Infelizmente, o governo se
tornou o sócio majoritário das empresas, pois o estado além de faturar com a
fabricação e a comercialização de produtos, também fatura com a contratação de mão obra. "A legislação é draconiana. Infelizmente é muito caro contratar um
empregado. Hoje se você paga um salário mínimo para um funcionário, o governo
também acaba cobrando quase o mesmo valor em encargos trabalhistas”,
encerra.