Uma epidemia antireeleição está surgindo no Brasil. É o que diz uma matéria publicada no Jornal Estado de Minas, no último Domingo. Para muitos prefeitos do estado, estender os seus mandatos por mais 04 anos pode representar uma operação de risco. Segundo a matéria assinada pela jornalista Amanda Almeida, na metade do mandato, prefeitos reclamam que os cabelos ficaram mais brancos, a saúde piorou, a fiscalização aumentou e o dinheiro diminuiu. E mais, as cobranças dos partidos de oposição e do ministério público são prerrogativas que atrapalham o planejamento de muitas prefeituras. Apontar os problemas é muito fácil, difícil é resolvê-los. Os prefeitos ao assumirem um mandato acreditam que vão solucionar todos os problemas da cidade. Quando chegam ao cargo, percebem que a coisa não é bem assim, pois há limites para serem respeitados. Municípios que não possuem uma grande arrecadação de impostos sobrevivem através do FPM – Fundo de Participação dos Municípios, que em cidades pequenas são suficientes apenas para as despesas básicas, sobrando uma quantidade mínima para investimentos.
Ontem, Terça-Feira, 2000 prefeitos de todo o Brasil desembarcaram em Brasília na chamada “Marcha dos Prefeitos”. Eles reivindicam 08 bilhões de reais do pré-sal para as prefeituras. A presidente Dilma, não atendeu ao pedido, mas liberou 700 milhões, que serão fatiados com as prefeituras do país. Uma espécie de ajuda de custos, que não resolve o problema.
Mas, o antídoto contra a epidemia anunciada pelo Jornal Estado de Minas possui uma fórmula - O Brasil precisa rever o seu Pacto Federativo. Atualmente 60% do que o país arrecada fica com o Governo Federal. 20% da arrecadação é dividida com os 26 estados da federação e os outros 20% vão para os 5.564 municípios. É por isso que enquanto sobra dinheiro no planalto, falta para os municípios.
