A conta de luz das residências mineiras
atendidas pela Companhia Energética do Estado de Minas Gerais (Cemig) fica mais
cara a partir desta terça-feira (08). A Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) aprovou ontem uma reajuste de 14,24% na tarifa dos consumidores
residenciais da companhia.
As contas industriais, de alta tensão,
ficarão 12,41% mais caras e as de baixa tensão 15,78%. Em média, o efeito a ser
sentido no bolso do consumidor será de alta de 14,76%. O índice aprovado é
metade do pleiteado pela Cemig junto ao órgão regulador, que foi de 29,7%, e
mais que o dobro da inflação acumulada nos últimos 12 meses, que ficou em
5,90%, de acordo com a última medição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Este é o maior aumento da conta de luz desde que a revisão tarifária entrou em vigor no país, em 2008, e reduziu a tarifa de energia para consumidores residenciais em 17,11%. No caso da Cemig, o maior peso ficou por conta dos gastos com a compra de energia que subiram R$ 679 milhões na comparação do preço pago em 2013 e 2014. Com isso, o peso desse item no aumento da fatura chegou a 7,80%. “O preço da energia dessas usinas é praticamente o dobro das hidrelétricas”, explicou o gerente de tarifas da Cemig, Ronalde Xavier Moreira Júnior.
Somente os contratos com as térmicas
respondem por 28% de toda a energia comprada pela Cemig, o que representa um
peso de 53% nas despesas da concessionária. Dentro do reajuste anunciado ontem,
a Aneel também contabilizou uma correção na revisão tarifária implementada em
2012, que subiu de 3,06% em média para 4,91% em média.
Apesar de autorizado hoje, o consumidor
só vai perceber o peso total do reajuste em seu bolso a partir da fatura de
maio. “Isso acontece porque as datas das leituras das contas de energia são
distribuídas ao longo do mês”, explica Ronalde Júnior. Em abril, os
consumidores pagarão uma parte do consumo ocorrido antes de hoje ainda com o
preço da tarifa antiga. A outra parcela do consumo já virá com o reajuste
integral.
Do valor cobrado na fatura, 25,8% ficam com a Cemig Distribuição e se destinam a remunerar o investimento e a cobrir a depreciação e o custeio a concessionária, informa a empresa. Os demais 74,2% são repassados para cobrir a compra de energia (39,8%), encargos setoriais (4,9%) e encargos de transmissão (4,9%), ICMS (21%) e Pasep/Cofins (5%).
Do valor cobrado na fatura, 25,8% ficam com a Cemig Distribuição e se destinam a remunerar o investimento e a cobrir a depreciação e o custeio a concessionária, informa a empresa. Os demais 74,2% são repassados para cobrir a compra de energia (39,8%), encargos setoriais (4,9%) e encargos de transmissão (4,9%), ICMS (21%) e Pasep/Cofins (5%).
FONTE: Estado de Minas