Pesquise aqui

REDE PONTOCOM DE RÁDIO

7 de abril de 2014

MONTES CLAROS – TREMOR DE TERRA ATINGE NOVAMENTE A CIDADE.

O chão balançou de novo em Montes Claros na manhã deste domingo (06). Cinco tremores assustaram moradores do Norte de Minas – o mais forte, às 10h40min, atingiu 4,2 pontos na escala Richter, registrados pelo Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB). Por 45 minutos, 90 mil domicílios norte-mineiros ficaram sem luz – 70 mil deles em Montes Claros, metade dos imóveis da cidade. Os outros 20 mil ficam nos municípios de Coração de Jesus, Grão Mogol e Botumirim.
De acordo com a Cemig, os tremores provocaram problemas na subestação de energia que fica perto do epicentro do fenômeno. Serviços de telefonia e internet foram temporariamente interrompidos. Depois do abalo mais intenso, seguiram-se três menores, chamados réplicas. Às 16h31min, o fenômeno voltou a assustar, alcançando 4,1 pontos, segundo a UnB.

O reboco do teto de uma casa caiu e uma criança ficou levemente ferida. Na Vila Alice, um telhado foi danificado. Os serviços de telefonia deixaram de funcionar por cerca de 30 minutos. O Corpo de Bombeiros recebeu cerca de 200 chamadas de pessoas assustadas, pedindo orientação. Os tremores acabaram também com o sossego de freqüentadores de bares e clubes de Montes Claros.
Maiores fenômenos sísmicos não são novidades para os montes-clarenses. Em maio de 2012, um tremor de 4,2 pontos na escala Richter provocou rachaduras em cerca 60 casas na Vila Atlântica, situada na área onde há uma falha geológica.
Desta vez, o susto foi considerável, pois os cinco tremores ocorreram no mesmo dia. Moradores se angustiaram com a falta de informações sobre a intensidade do fenômeno. Ontem de manhã, logo em seguida ao primeiro tremor, entrou em ação a força-tarefa formada por Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Cemig, Defesa Civil Municipal e Guarda Municipal. No entanto, a equipe não conseguiu informações oficiais do Observatório Sismológico da UnB sobre a magnitude dos abalos. O órgão é encarregado de monitorar tremores de terra no país.
O coordenador municipal de Defesa Civil de Montes Claros, Mattsson Malveira, disse que a falta de dados oficiais dificulta o trabalho de prevenção e orientação aos moradores. “É preciso postura mais séria por parte do governo federal. Necessitamos de informações mais detalhadas para podermos ajudar a população”, criticou Malveira. De acordo com ele, a situação foi atípica, pois houve vários tremores no mesmo dia.
O chefe do Observatório Sismológico da UnB, professor Lucas Vieira Barros, explicou ao EM que se encontrava numa cidade-satélite de Brasília. No fim de semana, não há funcionários no Observatório, informou. No fim da tarde, o próprio professor foi à sede do órgão providenciar a leitura dos dados.
De acordo com o especialista, aparelhos registraram as magnitudes do primeiro e do último abalos, mais fortes. “Os outros tremores, secundários ao primeiro, foram de menor intensidade. É necessária leitura mais precisa para poder calculá-los”, afirmou.

FONTE: Estado de Minas, via Aconteceu no Vale.