Na noite desta segunda-feira (05) aconteceu a 1ª reunião
ordinária, dentro do calendário 2018 de reuniões da Câmara Municipal de
Turmalina. A sessão foi marcada pelo pronunciamento de uma funcionária do
município, que usou a Tribuna Popular para falar sobre o aumento na carga
horária das funcionárias das creches. O plenário foi ocupado por elas, que
trajavam roupas pretas.
Após a leitura das correspondências e projetos, o
vereador Warlen Francisco/PT (Presidente da Câmara) convidou a representante
das funcionárias da creche para se dirigir a tribuna. Antônia Oliveira de
Castro, graduada em pedagogia falou sobre as funções desempenhadas por elas,
como monitorar as crianças inscritas, cuidar da higiene, auxiliar nas
atividades lúdicas e pedagógicas, dentre outras.
Antônia disse que uma carga horaria acima das 06 horas
habituais poderá resultar em estresse e queda de rendimento das auxiliares. “Não há motivo para mudanças, pois esse é um
sistema que já funciona muito bem”, explica.
Logo em seguida a presidência passou a palavra para os
vereadores no plenário. O primeiro a fazer uso do espaço foi o vereador Osmano/PSB.
O vereador parabenizou Antônia pelo uso da tribuna, mas disse que não compete à
câmara intervir neste assunto. Tibinha/PV também concorda com o vereador que o
antecedeu. “A câmara não tem poder de
regulamentação. Os vereadores da base deveriam se reunir com o executivo.
Aliás, gostaria de saber se já ouve algum encontro entre vocês e a setor da
prefeitura responsável”, questiona o vereador. Edinho/PPS também fez o
mesmo questionamento. “Vocês já sentaram
com o executivo para discutir esse assunto? Parabenizo você Antônia por usar a
tribuna e trazer esse questionamento até nós”, completa.
Noraldino/DEM lembra que a tribuna é um espaço
democrático. “Você fez bem em apresentar
essa solicitação. Sabemos do bom atendimento que é prestado nas creches.
Visitamos e ficamos impressionados. As leis existem, mas o bom senso tem que
ser colocado”, argumenta. Geraldinho/PHS disse que o bom trabalho é
resultado do grau de satisfação. “Infelizmente
não está em nossas mãos, mas o bom senso deve acontecer. Funcionários
satisfeitos são mais criativos e rendem mais”, comenta.
Leninha/PTB parabenizou as funcionárias da creche pela
reivindicação, colocando-se à disposição das mesmas. “Você podem contar comigo”, disse. Beto da Canuta/PTB também é da
mesma opinião. “Comungo com todas as
falas dos vereadores que me antecederam”, completa.
José Geraldo Rocha/PT lembra que a educação sempre passa
por um processo de evolução e questiona.
“A lei obriga, mas se horário corrido funciona muito bem, pra que mexer? È
preciso bom senso por parte do executivo. È preciso dar um suporte nessa luta,
pois educar hoje exige muito mais do educador”, disse.
O vereador Belo/PTB, que é líder de governo na câmara
disse que acompanhou o prefeito em uma visita à creche e que todas as
funcionárias foram bem tratadas. “Ao
contrario do que alguns pregam por ai, em nenhum momento os funcionários foram
desmerecidos. O dialogo funciona bem. Procurem o executivo e vejam a legalidade
dessa ação. Qualquer projeto em beneficio seus que chegar aqui para ser
apreciado terá o nosso voto”, relata.
Petrônio/PR destacou a criação da Tribuna Popular e
lembrou que o bom senso deve imperar em questionamentos como o que foi feito
pela funcionária da creche. “Pelo que sei
essa carga horaria de 06 diárias é cumprida há muito tempo e não deveria ser
mudada para 08 horas. É preciso entender que uma readequação de horário
prejudica quem presta e quem recebe o serviço”, comenta.
No final, o Presidente da Câmara, vereador Warlen/PT
cumprimentou as assistentes e disse que a casa legislativa está à disposição. “É lamentável a situação, pois as creches já
funcionam bem há muito tempo. Tudo que puder ser feito dentro da legalidade,
vamos fazer para vocês”, encerra.
As creches municipais operam de 07h00min as 13h00min e de
13h00min as 16h00min. Em alguns momentos algumas turmas já chegaram a ter 25
alunos. Antônia Oliveira de Castro disse no final que em vez do executivo,
prefere estabelecer um dialogo com a coordenadora das creches.