A Usina
Hidrelétrica de Irapé está com 73% da sua capacidade, enquanto os reservatórios
de outras usinas, instaladas em outras regiões (que normalmente não sofrem
problemas climáticos), estão com menos de 30% da capacidade, devido à falta de
chuvas, o que impõe o risco de um novo “apagão” no sistema elétrico nacional. “O
atual nível atual do reservatório de Irapé é a garantia de que a usina vai
continuar gerando energia durante todo o ano, sem os riscos de redução
verificados em outras usinas”, avalia o superintendente de
Sustentabilidade Empresarial da Cemig, Luiz Augusto Barcellos Almeida.
A hidrelétrica está operando com a capacidade máxima de suas três
turbinas: 360 MW – o suficiente para atender uma cidade de 1 milhão de
habitantes.
Última
grande usina instalada no estado pela Cemig, com investimento de R$ 1 bilhão,
Irapé foi inaugurada em junho de 2006, quase cinco anos depois de o país
conviver com o racionamento de energia.
Embora a
energia gerada no Vale do Jequitinhonha ingresse no Sistema Interligado
Nacional, sua instalação na região garantiu disponibilidade do insumo para o
Norte de Minas e a área onde está instalada, antes desprovida de linhas de
transmissão.
O
supervisor da Usina de Irapé, Alberto Abreu, explica que o reservatório da
hidrelétrica está parcialmente cheio devido às fortes chuvas registradas na
região durante todo mês de dezembro. “O reservatório chegou a sua capacidade
máxima e verteu água no dia 26 daquele mês. Com isso, mesmo com o veranico dos
últimos meses, continua com o nível elevado”, disse.
Para se
ter uma ideia da situação “confortável” de Irapé, o seu nível do seu
reservatório (73%) é mais de três vezes superior ao atual nível do reservatório
da Usina de Três Marias, que está com apenas 19% de sua capacidade.
A
quantidade de água acumulada na usina do Rio Jequitinhonha também é superior ao
volume de água do reservatório no mesmo período de 2013 (56%).
Na operação da usina de Irapé trabalham apenas 15 empregados da Cemig,
fora outros 22 trabalhadores terceirizados. “O número de funcionários é
relativamente pequeno porque todo o processo é automatizado”, explica
Abreu.
Fonte: Estado de Minas.