Diante do impasse, a Polícia Militar solicitou reforços do GATE- Grupo de Ações Táticas- de Teófilo Otoni,mas o homem não se rendeu. Durante toda a madrugada e início da manhã de sábado foi grande a movimentação no local. Por medidas de segurança, a Polícia Militar determinou que todos os moradores vizinhos saíssem de suas casas.
“Se ele detonasse as bombas todas as casas vizinhas seriam atingidas”, disse uma vizinha do garimpeiro. Familiares dele foram chamados para ajudar na negociação. Com medo de ser assassinado o homem não quis se entregar. Agentes municipais da área de saúde requisitaram tranqüilizantes para o homem que resistiu ao atendimento.
De acordo com informações colhidas pela reportagem, o garimpeiro, conhecido por João de Maria Coroa, sofre de transtornos mentais. “Há mais de três meses que ele não fala coisa com coisa. Diz que está sendo seguido e que vão envenenar a água que ele bebe”, contou um garimpeiro. “Ele sempre viveu isolado”, revelou o agricultor Aguinaldo Loyola.
A Polícia não apreendeu a garrucha, nem as duas bombas caseiras e nem o facão que estão com o garimpeiro. “Preferimos nos retirar do local para que ele se acalmasse e com isso evitar uma tragédia, com a reação dele”, disse um policial.
O garimpeiro abriu a casa dele, no final da tarde de sábado. Não havia nenhum policiamento nas imediações. Ele conversou com alguns amigos e depois fechou a casa. “Ele saiu tranquilamente e foi para a beira do rio”, contou uma vizinha. “É um homem bom e trabalhador. Ele tem problemas de depressão", revelou uma amiga do garimpeiro.
FONTE: Gazeta de Araçuai, por Sérgio Vasconcelos