O assunto “redução das despesas do
município” foi amplamente discutido durante a 18º reunião da Câmara
Municipal de Turmalina, realizada na noite desta segunda-feira (10) no plenário
vereador Afonso Santiago. Na pauta dessa reunião havia 03 projetos de lei, e um
4º projeto que foi incluído durante a sessão. Após os projetos serem discutidos
nas “comissões da casa” , não houve votação no plenário, em função de um pedido
de vistas, protocolado pelo vereador Adivan/PTB.
Como não havia pareceres e nem
projetos em discussão no plenário, a presidência abriu espaço para os
vereadores. O assunto que ocupou a maior parte da reunião foi o Plano de
Redução de Despesas da Prefeitura Municipal de Turmalina que resultou na
demissão de funcionários da prefeitura e na suspensão parcial do transporte
feirante.
O vereador José Geraldo
Rocha/PT abriu as discussões sobre o tema. “Diversos profissionais,
principalmente da educação foram dispensados. São pessoas que dependem do
salário, e com certeza possuem contas para pagar. Essa atitude traz graves
conseqüências, pois essas pessoas ganham o mínino, colocando famílias em
dificuldades”, relata o vereador. Outro questionamento feito pelo parlamentar
aponta para os gastos com imóveis alugados. “A administração paga aluguel de
um prédio, mesmo possuindo salas ociosas em suas repartições”, a
observação aponta para a locação de um imóvel pela prefeitura, próximo ao
Mercado Municipal.
Após esse momento da reunião
seguiram-se os pronunciamentos dos vereadores Petrônio, Quincas, Warlen, Irineu,
Roberto e Noraldino que usaram de prerrogativas regimentais para se
pronunciarem. Petrônio/PR disse que está sendo procurado por diversas pessoas,
questionando sobre a suspensão do transporte feirante no último sábado. “Quanto
de dinheiro deixou de circular na praça no último sábado? Sou solidário aos
feirantes, e talvez a administração municipal não tenha noção do que significa
o transporte feirante para aquelas pessoas que ainda resistem nas suas
comunidades rurais”, relata o vereador.
Quincas/PSDB disse que
concorda com a indignação dos vereadores, mas infelizmente essa é uma via de
mão dupla. “È triste ver o transporte feirante parar, mas pior, é o prestador de
serviço trabalhar e não receber. Mas, para colocar a casa em ordem é preciso
cortar despesas. Eu fico triste com a situação, mas vamos ver se dentro de 03
ou 04 meses o prefeito coloca a casa em ordem”, afirma o vereador.
Warlen/PT disse que o homem do
campo não pode ser prejudicado pelo fato da prefeitura precisar reduzir as suas
despesas. Segundo ele existem outros setores onde os cortes deveriam ser
feitos. “O pequeno produtor rural não aguenta bancar o transporte dos alimentos
até a feira. È preciso que exista uma previsão de gastos para que os recursos
não faltem e eles paguem a conta. Não sou contra a administração, pois os
problemas afetam todos nós”, relata o vereador do PT.
O vereador Irinéu/PPS disse
que se os cortes tivessem sido feitos antes, eles não precisariam ser tão
intensos. “A prefeitura demorou para parar com alguns serviços e a situação ficou
cada vez mais difícil. É preciso pagar as contas sim, mas eu sinto tristeza em
ter que dizer ao trabalhador rural que o transporte vai parar”,
explica.
Para o secretário da mesa diretora, a prefeitura também não pode pagar aluguel de um imóvel fora, com salas vazias no seu prédio. “Concordo
que não é justo que o transporte feirante funcione sem pagamento para os
prestadores de serviço, mas a prefeitura deveria ter feito o que vem sendo dito
aqui há tempos. A forma como o município cobra pelos seus imóveis alugados está
errada. O aluguel de imóveis pagos pela prefeitura, mesmo tendo espaço no seu
prédio também está errado”, protestou o vereador Roberto Meire/PPS, que
na seqüência também apontou outras áreas que poderiam ter sofrido os cortes. “Tem
secretarias que poderiam ser unificadas. Tem gente recebendo demais para não
fazer nada. Tem pessoas no governo que fazem o que querem e o prefeito por ser
uma pessoa humilde demais não tem pulso para controlar essas pessoas”,
completa o vereador Roberto Meire/PPS.
O vereador Noraldino/DEM disse que o apelo é para que a câmara seja ouvida. “A própria população está apontando aqueles
que não fazem nada. Quando se fala na economia feita com a junção dessas
secretarias, tem que se falar também na redução das despesas de funcionamento
dessas secretarias. O nosso apelo é para que o prefeito nos escute. A câmara é
parceira e não quer que a administração dê errado. Tem gordura para cortar, mas
primeiro é preciso saber onde cortar”, explica o vereador que na gestão
anterior trabalhava como chefe de gabinete.
O debate em torno desse tema durou 40 minutos. No final, o Presidente da Câmara, vereador Vicente
Chevrolet/PMDB abriu espaço para o vereador Tibinha/PV, que ocupa a função de
líder de governo na câmara. Tibinha falou sobre as dificuldades do
município para conseguir recursos federais para resolver os problemas causados
pela chuva, mas não se pronunciou sobre a demissão de funcionários, a união de
secretarias e sobre o interrompimento do transporte feirante.
Após as palavras do líder de
governo, vereador Tibinha/PV o Presidente da Câmara, vereador Vicente
Chevrolet/PMDB fez o discurso de encerramento da sessão. “O transporte feirante começou há
muito tempo e todos que passaram na prefeitura fizeram sua parte. O prefeito
tem que cortar é onde não dá resultado, sem atingir os mais pequenos”,
comenta Chevrolet/PMDB. “Essa semana a feira já teve uma mudança, e
isso é ruim para a cidade. Tem que fazer um levantamento e encontrar uma outra
forma de cortar sem atingir aquele que ganha um pequeno salário”,
finaliza o presidente.
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