No final do mês de Março (22),
aconteceu uma reunião promovida pelo MAB -Movimento dos Atingidos por Barragens
com lideranças do reassentamento de Peixe Cru, que possui 40 famílias do
município de Turmalina.
O encontro registrou algumas
violações sofridas pela população. Falta de documentos das terras, casas
malfeitas e com péssima estrutura, foram alguns exemplos. Ainda foi citado o
vazamento no telhado da igreja e a correção do solo, o que dificulta a produção
de alimentos.
Reivindicações - Entre as reivindicações, os atingidos exigem a
renovação do convênio com a EMATER, estrada de acesso à antiga comunidade de
Peixe Cru até o cemitério e também um plano de desenvolvimento para as famílias
terem trabalho e melhor qualidade de vida.
Outro desafio é o descaso com
os atingidos que vivem em regiões abaixo da hidrelétrica e o pagamento de
indenização aos ribeirinhos. Os atingidos que se encontram nesta situação, na
região do Médio e Baixo Jequitinhonha também possuem reclamações em relação à
água depois da construção da barragem, que modificou o sabor, a cor e o cheiro.
Devido à baixa qualidade da
água, houve uma perda de 70% da capacidade de produção de alimentos no cultivo
nas vazantes, o que ocasionou o esvaziamento das comunidades próximas do rio
Jequitinhonha. “A população ribeirinha
que se utilizava das vazantes e os pescadores denunciam a redução dos peixes e
aumento no caso de doenças, como verminoses. Houve o crescimento da
ocorrência de pirambebas (piranhas) que se tornou a espécie dominante,
colocando em risco as espécies nativas. Por isso, faz-se necessário a aprovação
da Política Estadual de Direitos dos Atingidos por Barragens e outros
empreendimentos”, diz a reportagem publicada no Gazeta de Araçuaí.
O site diz ainda a CEMIG foi
procurada, mas até o momento a companhia não se manifestou sobre o assunto.
FONTE: Gazeta de Araçuaí